sexta-feira, abril 25

Entrevista

Nosso entrevistado é Jorge Furtado tem 27 anos de carreira em televisão, 24 anos no cinema, um currículo tão extenso quanto elogiado e muita opinião para dar. A assinatura de Furtado está em filmes como Saneamento Básico – O Filme, Meu Tio Matou um Cara e o clássico Ilha das Flores.

Você prefere escrever ou atuar na direção?
Na verdade, eu prefiro os dois. Eu prefiro alternar os dois porque são trabalhos muito diferentes. Até pouco tempo eu preferia só escrever. De alguns filmes pra cá, quando eu comecei a fazer os longas, eu comecei a me interessar e me divertir mais com a direção, no trabalho com os atores. O que também é bem extenuante e por isso eu gosto de revezá-lo com o trabalho de escrever. Eu fico até seis meses ou quase um ano escrevendo. E aí fico a fim de dirigir e vou fazer um filme. O escritor fica sentado sozinho, no conforto, em silêncio, e o diretor é o oposto disso. Pode ficar na chuva de pé falando com 500 pessoas o dia inteiro. Mas nunca me passou pela cabeça dirigir um roteiro que não fosse meu.

Como é escrever para outra pessoa dirigir?
É bem mais normal. Faço seguido assim, escrevo e geralmente em parceria com os outros diretores. Porque é muito difícil tu dirigir um negócio que tu não participou do texto. Todos os diretores que eu trabalhei como roteirista, o Guel (Arraes), a Monique Gardenberg, o (Carlos) Gerbase, eles fazem juntos o texto.

Desde o começo de 2003, o público brasileiro começou a cair…
Mais ou menos. Na verdade, de 1993 a 2003, o público subiu sem parar. Dez anos depois, esse número chegou quase em 23%. Foi o ano do Carandiru, do Lisbela e o Prisioneiro. Em 2004 caiu, mas desde então se manteve. Eu acho que falta filme com público médio. Alguns filmes tiveram muita bilheteria e a maioria fica com bilheteria baixa.

Para o cinema brasileiro competir com filmes de Hollywood é uma questão de produção?
É uma questão de produção, mas de divulgação também. Os filmes precisam encontrar o seu público, porque eu canso de ver pessoas que vêem filme brasileiro com muito atraso. Vêem agora o Bicho de 7 Cabeças e acham ótimo. Os filmes ficam muito aquém do potencial de público deles. Tem a ver com a qualidade, a quantidade, são muitos fatores.

Para ver a entrevista completa entre no link abaixo:
http://www.cinesemana.com.br/2008/04/04/jorge-furtado-a-televisao-e-o-cinema/

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